Nesta segunda-feira (01), em reunião de
comissões na Câmara Municipal a presidente do Simpim Ângela Régio Marques
debateu sobre a posição da entidade em relação ao veto do prefeito ao PL nº
11/2020 que previa o reajuste de salários para o funcionalismo público
municipal.
Na oportunidade a presidente do Simpim
destacou que o funcionalismo precisa da reposição, visto que a mesma não
ocorreu em 2018 e 2019 e alguns funcionários já estão recebendo menos que o
salário mínimo.
Ela explicou que funcionários estão com
R$ 107,39 reais abaixo do salário mínimo e muitos passando com extrema
necessidade e que algumas ações sociais foram realizadas, inclusive para
funcionários, que não tinham nem leite e nem fraldas para seus filhos.
"Foi uma surpresa o veto do
prefeito. Se não tiver o aumento novamente não sei o que vai ser. O prefeito
foi até minha casa e colocou a situação e eu disse que não imaginava aquela
situação e o prefeito explicou que tinha R$ 1,5 milhão de reais para receber e
não sabia o que fazer e que se o veto fosse acatado ele mandaria um novo
projeto concedendo 2,49% de reposição e mais o vale alimentação e eu disse que
não concordava, pois os inativos não recebem o vale assim prejudicaria muita
gente. Foi aí que mandei a mensagem para os vereadores pedindo para votar
contra o veto do prefeito, pois não tinha como o funcionalismo ficar 2020 sem
reposição novamente", explicou a presidente.
Na sequencia a professora Maria das
Dores que acompanhava a presidente destacou que é necessário olhar para os
funcionários que recebem os menores salários e que mesmo com os atrasos não
estão fazendo corpo mole.
"Penso sempre nestes que recebem
menos. Pois com os atrasos eles também pagam juros no comércio. Sei que é uma
situação delicada, mas penso no funcionalismo. Aprovaram o Projeto dos padrões
para não deixar ninguém ganhando menos que o salário mínimo e hoje já há funcionários
ganhando menos, sendo que o funcionalismo não está fazendo corpo mole para
trabalhar", colocou Maria.
Ronaldo destacou que após a manifestação
do Simpim ficou claro que a entidade quer a derrubada do veto. Adão destacou
que o projeto já foi bem trabalhado e que já está ficando repetitivo e deve ser
colocado em votação já na terça (02), pois as pessoas estão apreensivas.
Calderipe disse que irá votar contra o veto do prefeito dizendo que não
acredita no Governo quando diz que vai voltar a pagar o vale alimentação.
"Faz mais de 3 anos que não pagam o vale, e eu não acredito neles",
destacou Calderipe.
Finalizando, a presidente destacou que a
situação está difícil e os funcionários de menor padrão estão prejudicados.
"Continuamos recebendo com atraso e com valores ainda de dezembro",
lembrou.
Maria concluiu enfatizando que uma
decisão deve ser tomada e que as pessoas estão cansadas de enrolação. "Ou
digam que vamos ter reajuste ou não", disparou.
Ressalta-se que o Projeto foi elaborado
pelo Executivo concedendo 7,82% de reposição. Os vereadores aprovaram por
unanimidade e posteriormente o Executivo apresentou veto ao projeto usando uma
das justificativas o atraso na votação da matéria.
Acredita-se que o Projeto vá a votação
amanhã (02). Como colocado anteriormente aqui, acreditamos que o veto do
prefeito seja derrubado.