CRISE…???
Importante todos
pararmos para efetivamente refletirmos. É hora de a imprensa tratar de dar a
notícia sem a carga ideológica da classe dominante em relação aos fatos e dados
disponíveis. Hora de fazer análises isentas e deixar de promover cotidianamente
os interesses dos que dominam o País, e dos que tem interesse nas empresas
públicas do País. Hora de abordar as questões que realmente são relevantes para
o país. Precisamos parar de reproduzir o “caos” que tentam nos fazer acreditar
existir. Hora de sairmos todos do imobilismo confortável da indignação falsa da
reprodução do “caos”. Hora de dar menos confiança ao “deus MERCADO”, aos
especuladores de plantão e confiar mais no país. O Brasil tem muitas
potencialidades naturais, geográficas e é a sétima economia do mundo.
Precisamos apostar em nossas capacidades empreendedoras, e em nossa capacidade
de trabalho. Precisamos conversar, dialogar, estudar para conseguirmos
efetivamente interpretar o que está acontecendo, e porque está acontecendo.
A disputa está colocada a nível estadual e nacional, onde temos o debate sobre
qual a importância do Estado. No “cabo de guerra” que está armado entre a
Classe Trabalhadora e o detentores do poder econômico, os meios de comunicação
fazem questão de criar, reproduzir, inventar o ambiente de “crise/caos” para
conseguirem diminuir o tamanho do estado, apequenar o Estado, para poderem
usufruir do que historicamente foi construído com muito esforço pela população,
e poderem se adonar das empresas públicas, das riquezas naturais. Em termos do
estado do Rio Grande do Sul, o “caos” que hoje vivemos, muito foi provocado por
sucessivos governos imprevidentes e falta de gestão. Não podemos concordar, em
pleno ano de 2015 com atrasos de salários, parcelamentos de salários,
ingredientes da receita onde estão na mira a privatização da CORSAN, BANRISUL,
etc.
A nível nacional, a cartilha neoliberal do mercado
faz com que também estejamos em caminhos equivocados, citando o superávit
primário a receita de aumento da taxa de juros, que deterioram as condições de
crescimento do país, e um dos primeiros aspectos que se percebem, perda de
poder aquisitivo dos salários, a volta de índices de desemprego e
condições de subemprego muito presentes na década de 90. Este é o cenário que
forças criam para conseguir o ambiente favorável de privatização do “Filé
Mion” o Pré-Sal e a Petrobrás.
Como FEMERGS, estamos na luta: pela redução da jornada de trabalho para
40 horas, fim do fator previdenciário, correção da Tabela do Imposto de Renda,
novo Pacto Federativo para que os municípios tenham uma fatia maior do Bolo
Tributário, implantação da Negociação Coletiva – regulamentação da Convenção
151 da OIT, independência e autonomia sindical, aposentadoria especial com
pagamento de insalubridade e periculosidade para todos que tem direito,
liberação de dirigentes sindicais com remuneração e como se no exercício
estivessem, 6 meses de licença maternidade, leis municipais que visam combater
o Assédio Moral, etc…
Em relação a movimentação das Associações da FAMURS quanto a distribuição do
Bolo Tributário, queremos nos posicionar, que realmente os serviços acontecem
nos municípios, as pessoas são atendidas nos municípios. No início da década de
90, somávamos 2,8 milhões de trabalhadores no serviço público municipal, e
tínhamos a participação de 18% do Bolo Tributário do país, hoje somos mais de
5,5 milhões de trabalhadores e continuamos com os mesmos 18% do Bolo
Tributário, ou seja, se empurrou muitos serviços públicos para os municípios,
mas não vieram os recursos correspondentes. A CONFETAM – CONFEDERAÇÃO DOS
TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL tirou no seu último congresso, a
necessidade de construirmos uma “Marcha a Brasília” dos trabalhadores, com
previsão de centenas de milhares tomando Brasília, ato que com certeza terá
peso diferente do que 3 ou 4 mil prefeitos que marcham, anualmente a Brasília
com o pires na mão. Estamos a favor do “Movimento do Bolo”, porém queremos
dialogar com a comunidade como um todo, sobre a necessidade de termos melhorias
nas condições de trabalho, nos salários dos trabalhadores, no reconhecimento de
direitos.
Estamos vigilantes, e não aceitamos pagar a conta da crise que é “criada” por
desgovernos e pela voracidade do Mercado, que quer estender seus tentáculos
sobre tudo. É hora de união e de reação. Precisamos avançar na conquista de
direitos mínimos, como valorização, qualificação, melhora nas condições de
trabalho, de ambientes de trabalho, para que consigamos levar a efeito o
Serviço Público de Qualidade que tanto defendemos, e que a sociedade merece.
Vilson João Weber
Presidente da FEMERGS
GESTÃO 2015/2018
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