A FEMERGS une-se aos movimentos
de rua e, juntamente com as centrais e movimentos sociais, vai à luta pela
pauta dos trabalhadores, participando de atos públicos no dia 11 de julho.
Vamos levantar, mais uma vez, nossas bandeiras: a redução dos juros no país, a
reforma tributária, a redução do preço da gasolina, a reestruturação do
Congresso Nacional e a reforma política bem como criação de ferramentas de
controle para acabar com a corrupção no país. “A aplicação imediata e na sua
plenitude da Lei do Piso Nacional do Magistério (Lei nº 11.738/2008), a
regulamentação da Convenção 151 da OIT e a extinção do substitutivo ao Projeto
de Lei nº 4330/2004 (terceirização), são também as grandes bandeiras que vamos
defender nas ruas”, acrescentou o presidente da Federação, Odenir Guterres de
Carvalho.
Todas as Regionais da FEMERGS e Sindicatos dos Municipários são chamados para engajar-se ao movimento e organizar atividades para demarcar o dia 11 de julho no Rio Grande do Sul. Municipários na luta unificada dos trabalhadores para garantir direitos e qualidade no serviço público!
O
MOVIMENTO NO PAÍS
A CUT, as demais centrais
sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Condutas, CGTB, CSB e NCST), e o MST decidiram,
em reunião realizada no dia 25 de julho, em São Paulo, organizar atos conjuntos
– do movimento sindical e social – no próximo dia 11 de julho em todo o País. A
pauta de reivindicação já foi entregue à presidenta Dilma Roussef, em audiência
no Palácio do Planalto, em Brasília.
As paralisações, greves e
manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no
Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e
impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o
país dos últimos dias.
“Vamos chamar à unidade das
centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e
construir uma pauta que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das
ruas à pauta da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner
Freitas.
Segundo o dirigente, além de
mais investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, como
os manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das
trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo,
o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem
redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4330 – “esse PL
nefasto que acaba com as relações de trabalho no Brasil e é, na verdade uma
reforma trabalhista escondida atrás de uma proposta de regulamentação da
terceirização”, de acordo com Vagner.
“O que motivou a população a ir
às ruas, a princípio, foi a revogação do aumento da tarifa do transporte
coletivo. Concordamos que o transporte coletivo tem de ser subsidiado pelos
governos, mas isso não pode impedir investimentos em saúde, educação e
segurança e transporte de qualidade para a classe trabalhadora”, apontou o
presidente da CUT.
Para ele, o Brasil melhorou
muito nos últimos dez anos, mas a melhora foi mais da porta para dentro do que
da porta para fora. “A insegurança aumentou, a piora nas condições do ensino e
da saúde está fazendo com que o trabalhador gaste as conquistas, os ganhos
salariais em escola, saúde e segurança privados”, justificou Vagner.
“Não fizemos as mudanças
estruturais necessárias, a reforma agrária não ocorreu, o sistema político está
falido, a representatividade não é democrática, as pessoas não são ouvidas, só
elegem. A sociedade tem de controlar o trabalho dos políticos depois das
eleições,” completou o dirigente.
PLEBISCITO
Sobre o plebiscito proposto
ontem pela presidenta Dilma Rousseff para consultar a população sobre a Reforma
Política, Vagner disse que a proposta é positiva porque o povo brasileiro quer
participar.
Segundo ele, independentemente
do debate técnico sobre a constitucionalidade ou não da consulta popular, a
proposta é positiva porque a sociedade tem de ter mecanismos para vigiar.
“Ouvir o povo é importante. Os
governantes têm de ter esse tipo de postura – que a presidenta Dilma teve – de,
durante seu mandato ouvir os eleitores, isso é democracia representativa”,
disse Vagner, esclarecendo sempre que não estava falando da Constituição, de
questões jurídicas e, sim, da importância de se ouvir a opinião da população.
“Votar não é dar tutela. Tem de
ouvir a voz que veio das ruas e o que veio foi, principalmente, a insatisfação
do povo com a prática política pequena, para dentro e não para fora. O povo não
aguenta mais e quer participar”, concluiu Vagner.
Companheiros e
Companheiras,
A FEMERGS está inserida nos movimentos de paralisação
nacional do dia 11 de julho. Conclamamos os dirigentes dos sindicatos locais
para que se organizem, juntamente com os demais sindicatos de seus municípios e
com os dirigentes das centrais sindicais, bem como os movimentos sociais, para
que possamos obter sucesso nas nossas reivindicações. O movimento está nas ruas
e é nas ruas que conquistamos as melhorias. Vamos todos paralisar, há inclusive
um indicativo de que as prefeituras também irão paralisar. A pauta segue abaixo
e pode ser agregada a pauta própria dos sindicatos locais.
Pauta única das Centrais Sindicais:
• Redução da Jornada de Trabalho
para 40h semanais, sem redução de salários;
• Fim do fator previdenciário;
• 10% do PIB para a Educação;
• 10% do Orçamento da União para
a Saúde;
• Transporte público e de
qualidade;
• Valorização das Aposentadorias;
• Reforma Agrária;
• Suspensão dos Leilões de
Petróleo;
• Contra o PL 4330, sobre
Terceirização.
Propostas incluídas pelos movimentos sociais:
• Reforma política e realização
de plebiscito popular;
• Reforma urbana;
• Democratização dos meios de
comunicação;
• Pelos Direitos Humanos:
- Contra o genocídio da juventude
negra e dos povos indígenas;
- Contra a repressão e a
criminalização das lutas e dos movimentos sociais;
- Contra a aprovação do Estatuto
do Nascituro;
- Pela punição dos torturadores
da ditadura.
BOA LUTA A TODOS,
Odenir Guterres de
Carvalho
Presidente da FEMERGS
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