sexta-feira, 29 de novembro de 2013

FEMERGS NO DIA NACIONAL DE LUTAS PELA REDUÇÃO IMEDIATA DOS JUROS

Dirigentes da FEMERGS e representantes dos servidores públicos de todo o Estado, junto com a Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT/RS), realizaram, na manhã do dia 26 de novembro, ato em frente ao Banco Central, em Porto Alegre. A manifestação, que aconteceu simultaneamente em todo o país, marcou o Dia Nacional de Lutas pela redução imediata dos juros. O objetivo da atividade foi denunciar a atual política de juros, que só favorece aos banqueiros e especuladores, e exigir do governo mudanças na política monetária, caracterizada por sucessivos aumentos na Taxa Selic.
De acordo com a vice-presidente da FEMERS, Vitalina Gonçalves, o aumento da taxa dos juros também prejudica a luta pela valorização dos municipários. “A medida diminui a arrecadação dos municípios e serve de desculpa para os gestores não avançarem nas negociações coletivas da categoria”, afirmou.
Para o presidente da CUT/RS, Claudir Antônio Nespolo, cada meio ponto percentual de aumento na taxa de juros, retira R$ 10 bilhões em recursos que poderiam ser aplicados em programas que beneficiam o conjunto da sociedade, mas são direcionados como juros para os bancos. “Esta política, acaba por incentivar a aplicação em papéis e não na produção, o que tem impacto nos empregos. Reconhecemos como positiva a política do governo no que diz respeito à geração de empregos nos últimos anos, mas denunciamos e somos contrários à política de juros, que tem que ser modificada”, alertou ele.
O presidente da CUT lembrou, ainda, a necessidade de que sejam feitas modificações na tabela do Imposto de Renda. “Não é justo que um trabalhador que ganha cerca de mil e setecentos reais já pague imposto de renda. É ainda menos justosque quem ganha cerca de quatro mil, pague a mesma alíquota de quem ganha dez ou vinte mil. Temos que exigir que sejam criadas novas alíquotas para taxar, efetivamente, as grandes fortunas deste país”, disse ele.


Na quarta-feira (27), o Copom elevou a taxa básica de juros da economia em 0,50 pontos porcentual, para 10% ao ano. Com a sexta elevação consecutiva, a Selic volta ao patamar dos dois dígitos, que não era visto no país desde março de 2012. Com essa nova alta, o Brasil se mantém na liderança do ranking de maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo.




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