segunda-feira, 25 de novembro de 2013

SINDISERV REALIZA REUNIÃO COM AGENTES COMUNITÁRIOS

O SINDISERV realizou reunião com agentes comunitários no dia 20 de novembro, na Câmara de Vereadores. O objetivo do encontro, que reuniu mais de 60 agentes comunitários de saúde, os profissionais se manifestaram sobre dificuldades que vêm enfrentando no trabalho.
A principal reivindicação é pelo recebimento do padrão 1 do município, que hoje é de R$1.144,00. As agentes também se manifestaram sobre a qualidade dos EPIs fornecidos e sobre a falta de espaço (e às vezes inexistência) nas UBSs para os agentes comunitários. Informaram que tem que trabalhar em dias chuvosos e muitos não receberam a capa de chuva. Além disso, os usuários não atendem o agente nesses dias, mas a exigência é por número de atendimentos. Sobre as orientações que recebem das chefias das UBSs, declararam que não é padronizado e não fica sabendo das capacitações. Segundo os profissionais, a União passa R$950 para o município, o Estado entra com tributos e o município entra com o uniforme. Em Caxias o uniforme é cobrado mensalmente dos agentes os EPIs (camiseta, protetor solar, sapato e guarda-chuva).
De acordo com relatos, o município recebeu do PMAC R$2 milhões, do total, 40% deveria ser repassado ao agente de saúde, mas isso não ocorreu. Em uma reunião, enfermeiras assinaram para as agentes receberem esses valores, mas foi dividido entre médicos e enfermeiras. Houve declarações sobre a realização de atividades que não fazem parte das atribuições, má conservação de UBSs e tratamento diferenciado dos colegas servidores. Situações de risco de morte são frequentes, devido à violência urbana e à falta de segurança para o exercício das atividades.
O presidente do SINDISERV, João Dorlan, convidou os agentes comunitários para participar da Assembleia da Campanha Salarial 2014 para apresentar as pautas da categoria. Todas as demandas serão transformadas em documento que será enviada para a secretária de Saúde. Para ele, a prefeitura não valoriza o trabalho porque se valorizasse teria criado cargo de carreira, que é celetista e pode ser demitido: "Lamentavelmente, o governo não valoriza. Se valorizasse, criaria o cargo com padrão 1", afirmou. Disse que a proposta para o Plano de Saúde se mantém com a faculdade de escolher. Já há uma comissão estudando o difícil acesso para todos que atuam no interior. Lembrou que no Congresso do SINDISERV será proposta a criação do Conselho de Saúde. Sobre o auxílio-alimentação, nenhum governo reconheceu, pois trata-se de verba indenizatória como estímulo à assiduidade, em apontamento do Tribunal de Contas. Segundo ele, o risco de vida se enquadra a apenas algumas situações, como Segurança Pública. Orientou os agentes a não assinarem nada se não concordam e disse que nenhum servidor é obrigado a fazer um trabalho que não lhe compete.



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